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Quanto tempo a nicotina fica no organismo

Quanto tempo a nicotina fica no organismo

 

A nicotina é o princípio ativo encontrado nas folhas do tabaco, a principal substância responsável por causar dependência nos fumantes. É ela quem provoca aquela sensação de relaxamento ao fumar, mas, em contrapartida, possui alguns efeitos colaterais nocivos.

 

No caso de quem usa cigarros eletrônicos – pod, pod descartável ou mod – os líquidos que produzem vapor podem ou não conter nicotina. O consumidor tem liberdade para escolher se deseja consumir a substância e em qual quantidade – os juices variam em teor de nicotina. 

 

Os cigarros eletrônicos são alternativas de redução de danos, não de eliminação completa de riscos. Por isso, é importante que você entenda como as substâncias presentes nos vapes são absorvidas pelo corpo. Entenda a seguir como a nicotina é metabolizada e quanto tempo ela fica no organismo.

 

Como a nicotina é absorvida pelo corpo?

 

A nicotina leva cerca de sete segundos para chegar ao cérebro e demora de duas a quatro horas para sair do sangue. A cotinina, porém, um composto resultante da metabolização da nicotina pelo fígado, dura mais tempo no organismo: entre 7 e 40 horas. A cotinina é detectada em exames de urina e sangue. Ou seja, pode demorar quase dois dias para eliminar a nicotina e seus subprodutos do organismo.  

 

Como a nicotina chega na corrente sanguínea?

 

A nicotina primeiro é absorvida pelos alvéolos pulmonares, que fornecem uma ampla área de superfície para a absorção rápida de substâncias no sangue. A nicotina entra nos capilares pulmonares, que são pequenos vasos sanguíneos, e é transportada pelo sangue para o coração.

Do coração, a nicotina é bombeada para as artérias, que a levam para todas as partes do corpo, inclusive para o cérebro, em apenas alguns segundos. 

 

Fatores que influenciam a duração da nicotina no organismo

 

A nicotina demora em média duas horas para ser eliminada pelo corpo. No entanto, esse valor, como a expressão mesmo diz, é apenas uma média. Como já explicamos, os subprodutos da metabolização da substância pelo organismo, como a cotinina, podem levar 40 horas ou mais ainda detectáveis na urina e no sangue.

 

Além disso, outros fatores podem aumentar ou diminuir o tempo que a nicotina fica no organismo. No pulmão, por exemplo, partículas de nicotina podem permanecer por semanas ou até meses depois do último cigarro.

Entenda quais são os fatores que influenciam no tempo de eliminação da nicotina.

 

Frequência e quantidade de consumo de tabaco

 

Quem fuma regularmente e em grandes quantidades tende a acumular níveis mais altos de nicotina no corpo, prolongando assim o tempo para que ela seja metabolizada e eliminada. Já quem fuma ocasionalmente e em quantidades menores é capaz de eliminar a nicotina mais rapidamente, já que o organismo não está sobrecarregado com uma exposição constante à substância.

 

Metabolismo individual e fatores genéticos

 

O metabolismo individual e os fatores genéticos também influenciam a velocidade com que o organismo processa e elimina a nicotina. Algumas pessoas possuem enzimas hepáticas específicas que metabolizam a nicotina de forma mais eficiente, permitindo uma eliminação mais rápida da substância.

 

Por outro lado, indivíduos com variações genéticas que afetam a atividade dessas enzimas podem experimentar uma metabolização mais lenta da nicotina, prolongando sua permanência no organismo.

 

Idade e estado de saúde

 

Em geral, o metabolismo tende a diminuir com a idade, o que significa que pessoas mais velhas podem levar mais tempo para metabolizar e excretar a nicotina em comparação com pessoas mais jovens. 

Além disso, problemas de saúde como doenças hepáticas ou renais aumentam as dificuldades em processar e eliminar eficientemente a nicotina, prolongando assim sua permanência no organismo.

 

cigarros tradicionais x eletrônicos

 

Além de demorar para ser eliminada completamente do organismo, a nicotina, consumida em alta frequência, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias. No entanto, a forma de consumo da substância influencia a absorção pelo corpo e os riscos associados. 

 

Nos cigarros tradicionais, a forma de absorção é via combustão, um processo que por si só é altamente nocivo, pois libera alcatrão e monóxido de carbono, além das 4.700 substâncias tóxicas presentes no produto.

Já nos cigarros eletrônicos, a absorção da nicotina se dá por vaporização. O líquido contém apenas quatro substâncias (glicerina, propilenoglicol, essências de sabor e opcionalmente nicotina) aquece e se transforma em vapor que é inalado pelo consumidor.

 

Esse processo faz toda a diferença. Uma pesquisa demonstrou que a vaporização presente nos cigarros eletrônicos, entrega 85% menos nicotina aos pulmões em comparação com um cigarro comum.   

Além disso, quem opta pelo pod ou vape pode escolher o teor nicotina dos juices que vão abastecer os seus dispositivos. A concentração de nicotina dos juices nicsalt (geralmente utilizados nos pods) varia, em média, entre 25g e 50mg/ml. Os líquidos freebase, geralmente utilizados nos mods (dispositivos robustos, que produzem mais vapor) variam de 0mg a 9mg em termos de concentração de nicotina.

 

É importante lembrar, contudo, que o teor de nicotina escrito nos rótulos dos juices diz respeito à concentração bruta. A concentração inalada acaba sendo menor com o processo de vaporização. 

Para quem busca parar de fumar os cigarros tradicionais, os vapes é a solução, pois é possível diminuir gradativamente o teor de nicotina dos juices até chegar a zero. Os líquidos contendo CBD (princípio ativo na cannabis) e zero nicotina também têm se tornando bastante populares como alternativa ao consumo de nicotina nos cigarros eletrônicos. As pesquisas indicam que o cannabidiol tem propriedades ansiolíticas e antidepressivas, auxiliando no alívio de transtornos de ansiedade e depressão.

 

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